quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Desenvolvimento a aprendizagem do bebê


Desenvolvimento a aprendizagem do bebê


            No nascimento, perde-se a proteção total do útero materno com todo o conforto e tranquilidade que havia e os desafios da vida se iniciam.

            A Edição nº 1550 da Revista Isto É (1999) afirma que:

“Os bebês nascem com cerca de 100 bilhões de  neurônios células localizadas em maior parte no cérebro encarregadas de receber e transmitir impulsos nervosos. Segundo autores, essa rede neuronal deve ser exercitada por toda vida por uma questão crucial: é ela que está ligada à inteligência e conduz a evolução da capacidade motora, sensitiva e cognitiva dos indivíduos. E, para se ter uma idéia, até os oito meses esses neurônios estão no auge das atividades e criam cerca de 100 trilhões de conexões (as sinapses) entre si. Sendo assim, acredita-se que nos três primeiros anos de vida da criança, o aprendizado, por causa da facilidade com que as sinapses acontecem, é aceleradíssimo. Bebês de cinco meses já têm noções básicas de quantidade.” (ISTOÉ, Ed. 1550, 1999).

Nas primeiras semanas de vida de uma criança, a única pessoa que realmente interessa à ela é a mãe (ou a pessoa que exerce o papel da mãe) pois vive uma relação de total dependência.

Com apenas uma semana de vida o bebe já é capaz de reconhecer o rosto da mãe.

As emoções genuínas do bebe são o riso e o choro. O afeto é fundamental no primeiro ano de vida.
 
Ao nascer o bebê já enxerga em três dimensões, mas a medida que recebem estímulos de cada um dos olhos, desenvolvem a capacidade de ver objetos em profundidade.

No recém-nascido a audição ainda não esta totalmente desenvolvida, mas eles percebem o timbre de voz, a inflexão vocal ou a prosódia e a força rítmica natural da fala. Eles precisam que as palavras sejam ditas em volume mais alto, lentamente e com as vogais destacadas, assim perceberão os padrões com maior facilidade.  

Instintivamente o adulto fala com o bebe de forma aguda, cerca de um oitavo mais alta do que o discurso normal, modulada, mais lenta e com os sons das vogais esticados. Podemos denominar esta fala como fala materna. Exemplo: “Queeeeeee bebeziiiiiiiiiiiinho liiiiiiiiiindo”.

            Por volta dos quatro meses e meio o bebe passa a identificar seu próprio nome, por ser a palavra que ouviu mais vezes e que possui um significado mais forte, o individualizando como ser.

            Depois de algumas semanas do nascimento, o bebe segue com os olhos a fala da mãe. Com cerca de seis semanas, poderão sorrir quando escutarem o som da voz da mãe.

            É importante salientar que para que o processo de aprendizagem do bebê ocorra de maneira satisfatória, o ambiente precisa ser calmo e tranquilo, sem distrações. Os bebês precisam de estimulo verbal e encontrarão este estimulo na conversa com o outro.

            O bebê é sensível, curioso, um aprendiz eficaz, manifestando percepção ao tom de voz, gestos, atitudes, expressões e movimentos dos adultos. Explorando seu meio em busca das descobertas, aprende a lidar com as circunstâncias que influenciam seus desejos e angustias.

            Como oito meses os bebes são capazes de detectar uma palavra conhecida, no meio de varias outras. Porque o cérebro humano é capaz de extrair e codificar padrões recorrentes.

            Aos nove meses, os bebes já dominam a estrutura fonotática de seu idioma nativo. E aos onze meses, já dominam os padrões de acentuação entonação, pausas e dicas fonotáticas, segundo Mcguinness (2006).

            Os bebes prestam muita atenção na fala do adulto, e com esforço tentam produzir. Com cerca de sete ou oito meses começar a balbuciar,      que consiste numa pratica consciente e controlada de emitir sons.

            A primeira palavra é dita por volta de 12 meses. A emoção e o contexto social no qual esta criança esta inserida irão construir o vocabulário que ela irá desenvolver.

            É possível identificar quatro estilos de comunicação inadequados para a aprendizagem do bebê, causando atraso ou bloqueio no processo. São eles:

- Ignorar: Mesmo atendendo as necessidades básicas do bebe, os responsáveis não lhes dão a devida atenção e estimulo;

- Interação invasiva: Os responsáveis impõem a sua vontade, sem considerar o desejo do bebê;

- Proibições excessivas: proibições excessivas que bloqueiam as ações e comunicação;

- Não envolver: Não estimular o envolvimento da criança em atividade ou conversa. A criança fica passiva ao que acontece ao redor.

É tarefa dos pais educar o bebe como um ser sujeito ao desejo. Introduzi-lo à família, possibilitando que encontre o seu papel, iniciando o processo de educação.  A qualidade da interação, a sensibilidade e o esforço dos pais para interpretar o desejo das crianças são essenciais para o desenvolvimento do processo de aprendizagem.

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